A dança é um poema de gestos que esculpem o espaço.
Daniel Sibony
"...para ser lido da mesma forma como muitas vezes os gatos entram na nossa vida... ou seja, ao acaso..."
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
in the cut
ou como as palavras nos podem obcecar...
"as calmas águas da água
sob uma fronde de estrelas
a calma água da tua boca
sob uma moita de beijos"
"as calmas águas da água
sob uma fronde de estrelas
a calma água da tua boca
sob uma moita de beijos"
"quero fazer contigo o que a Primavera faz com as cerejeiras"
.
.
"a meio caminho da jornada da vida
dei por mim num bosque escuro
porque me tinha afastado do caminho certo"
.
.
"afastado na distancia,
entrou na sala
está aqui no círculo"
.
.
"agora
pensando no curso da minha paixão
eu era como um cego
sem medo da escuridão"
sábado, 2 de agosto de 2008
tanto que fazer
tanto que fazer!
livros que não se lêem, cartas que não se escrevem,
línguas que não se aprendem,
amor que não se dá,
tudo quanto se esquece.
Amigos entre adeuses,
crianças chorando na tempestade,
cidadãos assinando papéis, papéis, papéis...
até o fim do mundo assinando papéis.
E os pássaros detrás das grades de chuva,
e os mortos em redoma de cânfora.
(E uma canção tão bela!)
Tanto que fazer!
E fizemos apenas isto.
E nunca soubemos quem éramos
nem para quê.
(1954)
Cecília Meireles in Antologia Poética
livros que não se lêem, cartas que não se escrevem,
línguas que não se aprendem,
amor que não se dá,
tudo quanto se esquece.
Amigos entre adeuses,
crianças chorando na tempestade,
cidadãos assinando papéis, papéis, papéis...
até o fim do mundo assinando papéis.
E os pássaros detrás das grades de chuva,
e os mortos em redoma de cânfora.
(E uma canção tão bela!)
Tanto que fazer!
E fizemos apenas isto.
E nunca soubemos quem éramos
nem para quê.
(1954)
Cecília Meireles in Antologia Poética
Subscrever:
Mensagens (Atom)