segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

felizmente resta-nos la naturaleza...

Fui este fim de semana fazer o caminito del Rey, nos vizinhos do lado.
Escrevo isto porque inconscientemente tenho procurado destinos de natureza para que não tenha que ser apresentada ao very typical do folclore teatralizado para turista (que assim o exige) que tem que pagar umas moedas para fazer uma selfie com o "mascarado".
É deprimente... porque a massificação do turismo gerou idiotices (que existem porque o turista quer que seja o genuíno) como o pastel de nata de bacalhau (?!?!?).



Caminito Del Rey
El Torcal de Antequera

O turismo barato criou as visitas sem guias. Os guias credenciados são o que de melhor se tem nas deambulações por esse mundo fora. Eles são e sentem o local, prepararam-se para nos fazerem mergulhar na intensidade do local.










O estado de ansiedade que as viagens baratas de "camioneta da carreira aérea": porque temos que aproveitar, temos que aproveitar, temos que ver muito, temos que fazer muitos "check!" no mapa........................ oh canseira do mundo.
Este tipo de ATL veio preencher o vazio que se possa sentir do dia a dia rotineiro, monótono, mas acho que está a funcionar, como a necessidade compulsiva de fazer compras, para dar alguma saciação interior.
Fico atordoada só de pensar; só de pensar, porque ainda não entrei nessa máquina ansiosa, só por sorte acho eu. Agora que a Prole deixou o ninho, tenho estado mais disponível para escolher, mais ou menos, um programa por mês: coisas mais próximas, preferencialmente em Portugal. Prefiro não saber grandes pormenores  dos programas, gosto de me surpreender, de abrir os olhos e sentir o espanto a entrar pela alma dentro.




  
 


 


Depois eu, interiormente, necessito de tempo para mastigar, ruminar, matutar sobre cada imagem interior que ficou: o tempo da degustação.




... e entretanto voltamos ao nosso fado, claro