No berço que a ilha encerra
Bebo as rimas desse canto,
No mar alto dessa terra
Nada a razão do meu pranto.
Mas no terreiro da vida
O jantar serve de ceia,
E mesmo a dor mais sentida
Dá lugar à Sapateia.
Ó meu bem, ó Chamarrita
Meu alento e vai e vem,
Vou embarcar nesta dança
Sapateia, ó meu bem!
Se a Sapateia não der
Pr’a acalmar minh’a alma inquieta,
Estou p’ró que der e vier
Nas voltas da Chamarrita.
Chamarrita, Sapateia
Eu quero é contradizer,
O alento desta bruma
Que às vezes me quer vencer.
Ó meu bem, ó Chamarrita
Meu alento e vai e vem,
Vou embarcar nesta dança
Sapateia, ó meu bem.