Eu não sei se isto somos nós... Mas bem que poderíamos ser...
Acho a série muito bem realizada e montada mas o que mais me prende é a identificação das fragilidades enquanto pessoas, pais, mães, filhos, filhas, irmãos, irmãs, maridos, mulheres, namoradas, namorados...
Por vezes é duro ver espelhadas, nos erros do rumo da vidas das personagens, as minhas próprias falhas enquanto mulher, amiga, mãe, esposa, filha, ex-esposa...
Mas tentei sempre fazer o melhor que sabia... mas a vida não vem com livro de instruções... E à distancia e com distanciamento concluir que cometemos erros... Porra que dói!!
Mas acompanhar as personagens permite também sossegar-me e apaziguar-me com a vida. Perceber que estou sempre a tempo de corrigir a rota. Saber que tenho que deixar situações e pessoas para trás, porque sim. Porque a vida é demasiado curta, as mágoas só eu as vivo e que já não se consegue espremer mais desses episódios. Permite confirmar que todos os meus actos têm consequências na minha vida presente e futura. Que os acasos não são só isso. Responsabiliza-me pela minha vida e ver que vidas cor-de-rosa-perfeitas nem nos filmes!