Lizz wright
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my heart
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My heart my head my mind my soul
My feelings over you
My tears my touch remember all that I am to you
My heart my mind my soul
My feelings over you
My tears my touch remember all that I am
When you're gonna pick up the phone and call me
Tell me I can come over
I got my ticket and my bags are packed
My coat is hangin' over my shoulder
Time is passing and it's getting late
This heart of mine just can't wait
And after all that we've been through
I maybe get there and I'll give it to you baby
My heart my head my mind my soul
My feelings over you
My tears my touch remember all that I am to you
My heart my mind my soul
My feelings over you
My tears my touch remember all that I am
Standing by the window and lookin' out
My heart is turning I want to shout
You're complicated I don't want to complain
The way you're acting can you explain
Why all this love is wasted on you
Can I live with all that is you
You say you love me silence I can't hear
All I want is to be near you baby
My heart my head my mind my soul
My feelings over you
My tears my touch remember all that I am to you
My heart my mind my soul
My feelings over you
My tears my touch remember all that I am
I'm looking for a reason to stay true
Looking for our love
Looking at me and looking at you
And even if I could turn away and then
I see that I'm falling in love again
Some times I wanna give you up
Some times I want to leave you alone
Some times I want to run away
And some times I want you to come back home
Come home to me yeah yeah baby
I know I know you'll be good for me
Come home come home
Yeah baby
I'm right here baby
Come home to me
Yes I'm right here baby
Yeah all I am to you
I know you feel me baby
Yeah yeah
Come on come on
Home to me
"...para ser lido da mesma forma como muitas vezes os gatos entram na nossa vida... ou seja, ao acaso..."
sábado, 26 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
pequenas causas
(...)
- Não me beije - (...) - os beijos são um gesto mais, ao serviço das pequenas causas. Tenho um amigo que diz isso. Às vezes zango-me com ele, são zangas terríveis, não nos falamos durante quinze dias, e depois percebo que não estava zangada, mas que só procurava o desacordo com ele para não ficarmos parados nos sentimentos.
Agustina Bessa-Luís in "O Manto" (1961)
segunda-feira, 21 de abril de 2008
please don't go
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
(...)
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
(...)
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
(...)
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
(...)
domingo, 20 de abril de 2008
A segurança destas paralelas
- a beira da varanda e o horizonte;
assim me pacifico, e é por elas
que subo lentamente cada monte.
O tempo arrefecido, e só soprado
por uma brisa tarda que do mar
torna este minuto leve aconchegado,
traz mansas as certezas de se estar.
E vêm novos nomes: são as fadas,
gigantes e anões, que são assim
alegres de o serem - parcos nadas
que enchendo de silencios este sim
dele fazem brinquedos, madrugadas...
Agora eu estou em ti e tu em mim.
.
.
- a beira da varanda e o horizonte;
assim me pacifico, e é por elas
que subo lentamente cada monte.
O tempo arrefecido, e só soprado
por uma brisa tarda que do mar
torna este minuto leve aconchegado,
traz mansas as certezas de se estar.
E vêm novos nomes: são as fadas,
gigantes e anões, que são assim
alegres de o serem - parcos nadas
que enchendo de silencios este sim
dele fazem brinquedos, madrugadas...
Agora eu estou em ti e tu em mim.
Pedro Tamen
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sexta-feira, 18 de abril de 2008
por timidez...?
Ciúme da saudade
.
.
se não matas a saudade
quando morres de vontade
de pôr à saudade fim
é talvez porque preferes
ter da saudade o que queres
e não me pedes a mim
é talvez porque preferes
ter da saudade o que queres
mas não me pedes a mim
ter da saudade o que queres
mas não me pedes a mim
a saudade em que me deixas
é penhor das tuas queixas
por não dizeres a verdade
bastava que me pedisses
de cada vez que me visses
o que pedes à saudade
o que dás se me não vês
não consigo que me dês
por timidez ou vaidade
e a saudade que vais tendo
com ela vives morrendo
para me matares de saudade
talvez seja o que tu queres
e é por isso que preferes
a saudade em vez de mim
morrendo os dois de saudade
temos toda a eternidade
para pôr à saudade fim
Manuela de Freitas
Fado de Camané
quinta-feira, 17 de abril de 2008
os novos senhorios.....
Governo alarga para 50 anos o prazo para pagar crédito à habitação bonificado
17.04.2008 - 11h53 PÚBLICO
O Governo vai aprovar hoje em Conselho de Ministros o alargamento de 30 para 50 anos dos prazos máximos para pagamento dos empréstimos para compra de casa em regime de crédito bonificado.
(...)
O ministro explicou que o Governo considera que o prazo em vigor já não fazia sentido, atendendo ao aumento da esperança de vida em Portugal.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
aversão aristocrática
"Aliava sempre às mulheres uma impressão de certa aversão aristocrática, como se todas fossem demasiado vulgares nas sua invenções e impróprias para a inteligência da sensualidade; mas ao mesmo tempo, a vida completamente isolada da presença feminina causava-lhe pavor, e frequentemente se via Camilo empenhado num idílio intelectual em que imitava furtivamente as nuances do amor, o ciúme, o despeito ou o devaneio cavalheiresco. Camilo e as mulheres, era um diálogo quase trágico; e, se as divinizava algumas vezes, era para não ter que se ocupar delas."
Agustina Bessa-Luís in "O Manto" (1961)
terça-feira, 15 de abril de 2008
twelve... not sixteen....
Why does he still go on like she's a baby
Saying that's no kind of language for a lady?
He knows she hates that word, that's why he said it.
He can be childish too and she won't forget it.
'Don't tell me I don't understand,'
He said, 'I know I don't understand.
I understood when you were ten,
But nothing's added up since then.'
He said, 'I'll give you a piece of my mind
And you're not too old to take it.
' Oh, just a piece of my mind
That's him and her mum on honeymoon.
She was born in January and that was in June.
But now her life and his, they just don't mix,
And he don't like her boyfriends or her politics.
'Don't tell me what you think of me,
I know what you think of me.
I understood when you were ten,
But nothing's added up since then.
' He said, 'I'll give you a piece of my mind
And you're not too old to take it.'
Just a piece of my mind
Still he remembers her head
On the pillow of her little bed.
And then all at once she's sixteen
And now she hates him.
'Don't tell me you don't understand,'
She said, 'What is there to understand?
I've grown up since I was a kid
And maybe, Dad, it's time that you did.'
She said, 'I'll give you a piece of my mind
And you're not too old to take it,
Oh, just a a piece of my mind
And not too old
'Cause I'm not your baby,
Not your little girl.'
Not your babyNot your little girl
Everything but the girl
farol de multiplos espelhos
"Nenhum homem diga que conhece a feminilidade se apenas tomou contacto com as mulheres no leito, na oficina ou na escola; a feminilidade é outra coisa que não o sentimento do sexo oposto ou a experiência comum, é talvez a própria acção de existir, uma forma incorrupta de amar e uma expansão total da realidade. A feminilidade não é um rosto, uma indole; é uma transfiguração da aparência, uma liberdade que gira no seu eixo, como um farol de multiplos espelhos..."
Agustina Bessa-Luís in "O Manto"
segunda-feira, 14 de abril de 2008
exacta é a recusa
PERFEITO
Perfeito é não quebrar
A imaginária linha
Exacta é a recusa
E puro é o nojo
Sofia de Mello Breyner
Perfeito é não quebrar
A imaginária linha
Exacta é a recusa
E puro é o nojo
Sofia de Mello Breyner
Andresen
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domingo, 13 de abril de 2008
se me puderes ouvir
o poder ainda puro das tuas mãos
é mesmo agora o que mais me comove
descobrem devagar um destino que passa
e não passa por aqui
à mesa do café trocamos palavras
que trazem harmonias
tantas vezes negadas:
aquilo que nem ao vento sequer
segredamos
mas se hoje me puderes ouvir
recomeça, medita numa viagem longa
ou num amor
talvez o mais belo
José Tolentino de Mendonça in "A noite abre meus olhos"
é mesmo agora o que mais me comove
descobrem devagar um destino que passa
e não passa por aqui
à mesa do café trocamos palavras
que trazem harmonias
tantas vezes negadas:
aquilo que nem ao vento sequer
segredamos
mas se hoje me puderes ouvir
recomeça, medita numa viagem longa
ou num amor
talvez o mais belo
José Tolentino de Mendonça in "A noite abre meus olhos"
The years was more than I could bear
So many times
I said that I love them
Looking over my shoulder at the door
So many times
I can't live without her
The wheel kept turning round
My feeling's changed
I went my own way
What can I say
To make you stay?
Cos in my dreams
They smother all over me
And I'm trying to explain
So many arms
Reach from my memories
Pull all at once
I'm lost amongst
The folds in their skin
I did you wrong
But I'm sorry now
And I'll show you how
If you were here now
You couldn't change
you wouldn't understand
but I'm ready now I'm ready now
I'll make you proud I was your man
and sing a song
but it's so ugly now
and I'll show you how
cos I'm ready now
I'm ready now
I'm ready now
I'm ready now
Hey I'm ready now
Can we start again?
so many times I said that I loved them
I'm ready now
but I'm ready now
Can we start again?
so many times
I can't live without her
The years was more than I could bear
It's turning round
But in my dreams Can we start again?
They smother all over me I'm ready now
And I'm trying to explain Can we start again?
So many arms reach from my memory
The wheels kept turning round
I said that I love them
Looking over my shoulder at the door
So many times
I can't live without her
The wheel kept turning round
My feeling's changed
I went my own way
What can I say
To make you stay?
Cos in my dreams
They smother all over me
And I'm trying to explain
So many arms
Reach from my memories
Pull all at once
I'm lost amongst
The folds in their skin
I did you wrong
But I'm sorry now
And I'll show you how
If you were here now
You couldn't change
you wouldn't understand
but I'm ready now I'm ready now
I'll make you proud I was your man
and sing a song
but it's so ugly now
and I'll show you how
cos I'm ready now
I'm ready now
I'm ready now
I'm ready now
Hey I'm ready now
Can we start again?
so many times I said that I loved them
I'm ready now
but I'm ready now
Can we start again?
so many times
I can't live without her
The years was more than I could bear
It's turning round
But in my dreams Can we start again?
They smother all over me I'm ready now
And I'm trying to explain Can we start again?
So many arms reach from my memory
The wheels kept turning round
sábado, 12 de abril de 2008
é muito boa pessoa
Desemprego dois
“O António? Está muito bem empregado. Sim, numa companhia de seguros no trabalho. É director de relações comerciais e olhe que ele merece pois é muito boa pessoa. Concurso? Qual concurso?! Ia lá agora passar por esse enxovalho! Foi um dos administradores – visita da casa dos pais, que lhe deu o empurrão final. Se despediram alguém? Não. Extinguiram um posto de trabalho e criaram outro.”
“O António? Está muito bem empregado. Sim, numa companhia de seguros no trabalho. É director de relações comerciais e olhe que ele merece pois é muito boa pessoa. Concurso? Qual concurso?! Ia lá agora passar por esse enxovalho! Foi um dos administradores – visita da casa dos pais, que lhe deu o empurrão final. Se despediram alguém? Não. Extinguiram um posto de trabalho e criaram outro.”
sexta-feira, 11 de abril de 2008
terça-feira, 8 de abril de 2008
quando tu chegas a terra treme e dançam as divindades
Senhora da tempestade
Senhora das tempestades e dos mistérios originais
quando tu chegas a terra treme do lado esquerdo
trazes o terramoto a assombração as conjunções fatais
e as vozes negras da noite Senhora do meu espanto e do meu medo.
Senhora das marés vivas e das praias batidas pelo vento
há uma lua do avesso quando chegas
crepúsculos carregados de presságios e o lamento
dos que morrem nos naufrágios Senhora das vozes negras.
Senhora do vento norte com teu manto de sal e espuma
nasce uma estrela cadente de chegares
e há um poema escrito em página nenhuma
quando caminhas sobre as águas Senhora dos sete mares.
Conjugação de fogo e luz e no entanto eclipse
trazes a linha magnética da minha vida Senhora da minha morte
teu nome escreve-se na areia e é uma palavra que só Deus disse
quando tu chegas começa a música Senhora do vento norte.
Escreverei para ti o poema mais triste
Senhora dos cabelos de alga onde se escondem as divindades
quando me tocas há um país que não existe
e um anjo poisa-me nos ombros Senhora das Tempestades.
Senhora do sol do sul com que me cegas
a terra toda treme nos meus músculos
consonância dissonância Senhoras das vozes negras
coroada de todos os crepúsculos.
Senhora da vida que passa e do sentido trágico
do rio das vogais Senhora da liturgia
sibilação das consoantes com seu absurdo mágico
de que não fica senão a breve música.
Senhora do poema e da oculta fórmula da escrita
alquimia de sons Senhora do vento norte
que trazes a palavra nunca dita
Senhora da minha vida Senhora da minha morte.
Senhora dos pés de cabra e dos parágrafos proibidos
que te disfarças de metáfora e de soprar marítimo
Senhora que me dóis em todos os sentidos
como um ritmo só ritmo como um ritmo.
Batem as sílabas da noite na oclusão das coronárias
Senhora da circulação que mata e ressuscita
trazes o mar a chuva as procelárias
batem as sílabas da noite e és tu a voz que dita.
Batem os sons os signos os sinais
trazes a festa e a despedida Senhora dos instantes
fica o sentido trágico do rio das vogais
o mágico passar das consoantes.
Senhora nua deitada sobre o branco
com tua rosa-dos-ventos e teu cruzeiro do sul
nascem faunos com tridentes no teu flanco
Senhora de branco deitada no azul.
Senhora das águas transbordantes no cais de súbito vazio
Senhora dos navegantes com teu astrolábio e tua errância
teu rosto de sereia à proa de um navio
tudo em ti é partida tudo em ti é distância.
Senhora da hora solitária do entardecer
ninguém sabe se chegas como graça ou como estigma
onde tu moras começa o acontecer
tudo em ti é surpresa Senhora do grande enigma.
Tudo em ti é perder Senhora quantas vezes
Setembro te levou para as metrópoles excessivas
batem as sílabas do tempo no rolar dos meses
tudo em ti é retorno Senhora das marés vivas.
Senhora do vento com teu cavalo cor de acaso
tua ternura e teu chicote sobre a tristeza e a agonia
galopas no meu sangue com teu catéter chamado Pégaso
e vais de vaso em vaso Senhora da arritmia.
Tudo em ti é magia e tensão extrema
Senhora dos teoremas e dos relâmpagos marinhos
batem as sílabas da noite no coração do poema
Senhora das tempestades e dos líquidos caminhos.
Tudo em ti é milagre Senhora da energia
quando tu chegas a terra treme e dançam as divindades
batem as sílabas da noite e tudo é uma alquimia
ao som do nome que só Deus sabe Senhoras das tempestades
MANUEL ALEGRE
domingo, 6 de abril de 2008
A ponte que nos une - é estar ausentes
Eu, Rosie, eu se falasse, eu dir-te-ia
Que partout, everywhere, em toda a parte,
A vida égale, idêntica, the same,
É sempre um esforço inútil,
Um voo cego a nada.
Mas dancemos; dancemos
Já que temos a valsa começada
E o Nada
Deve acabar-se também,
Como todas as coisas.
Tu pensas
Nas vantagens imensas
Dum par
Que paga sem falar;
Eu, nauseado e grogue,
Eu penso, vê lá bem,
Em Arles e na orelha de Van Gogh...
E assim entre o que eu penso e o que tu sentes
A ponte que nos une - é estar ausentes.
Reinaldo Ferreira
quarta-feira, 2 de abril de 2008
una palabra
Una palabra no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
igual que el viento que esconde el agua
como las flores que esconde el lodo.
Una mirada no dice nada
y al mismo tiempo lo dice todo
como la lluvia sobre tu cara
o el viejo mapa de algun tesoro.
Una verdad no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
como una hoguera que no se apaga
como una piedra que nace polvo.
Si un dia me faltas no sere nada
y al mismo tiempo lo sere todo
porque en tus ojos estan mis alas
y esta la orilla donde me ahogo,
porque en tus ojos estan mis alas
y esta la orilla donde me ahogo.
y al mismo tiempo lo esconde todo
igual que el viento que esconde el agua
como las flores que esconde el lodo.
Una mirada no dice nada
y al mismo tiempo lo dice todo
como la lluvia sobre tu cara
o el viejo mapa de algun tesoro.
Una verdad no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
como una hoguera que no se apaga
como una piedra que nace polvo.
Si un dia me faltas no sere nada
y al mismo tiempo lo sere todo
porque en tus ojos estan mis alas
y esta la orilla donde me ahogo,
porque en tus ojos estan mis alas
y esta la orilla donde me ahogo.
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