"Em minha opinião, os bons pais são os que sentiram a falta de um pai na sua infância. Eu não tinha vontade de ser pai porque não amava o meu pai (...) Nós os dois não temos continuidade, nem nada a transmitir. Não tínhamos de fundar uma família para lhes transmitir o que quer que fosse, porque nós próprios jamais tivemos família. Se tivesse tido filhos teria tido ciumes de Dorine. Preferia tê-la apenas para mim."
"No Irão não temos homossexuais, ao contrário deste país"
"As mulheres no Irão gozam de mais liberdade do que em qualquer outro lugar do mundo. A nossa população é a mais livre do mundo"
"O massacre nazi de 6 milhões de judeus não deve ser tratado como um facto mas sim como uma teoria, e assim ser mais sujeito a debate, estudo e investigação."
Presidente do Irão dirigindo-se à Assembleia Geral da ONU, in Público de 26 de Setembro
"A Hora do Lobo", o programa que António Sérgio mantinha há 10 anos na Rádio Comercial (desde 2006 sob o nome de "Nas Horas"), teve a sua última emissão na madrugada do passado sábado. É um facto sobejamente conhecido que os programas de autor têm vindo a desaparecer, mas, ainda assim, não deixa de ser surpreendente e significativo que a estação tenha decidido não incluir na sua nova grelha uma das vozes inconfundíveis e um dos maiores divulgadores de música alternativa na rádio portuguesa. É um triste sinal.
"Existem 45 000 empresas de origem portuguesa em França. Em conjunto, representam 3% do PIB do país, mas a maioria dos empresários e gestores que as lideram nem sequer se conhecem. As empresas alemãs não chegam a ser 10 000 e os seus donos dispõem, desde há alguns anos, de uma federação que permite estabelecer redes de contacto e, com isso, potenciar o crescimento económico de uma comunidade muito inferior em numero à lusa. Apesar do longo histórico, Portugal ainda não conseguiu, oficialmente, dar o salto da figura do emigrante sujeito a condições precárias para uma posição mais influente."
Raquel Almeida Correia in Caderno "Economia", Jornal Público de 21 de Setembro
Medicina antiga Uma purga, uma amputação, uma sangria como na medicina antiga.Ou, como nos submarinos, uma descompressão, fumos e ventos e turbulência. Até que finalmente esteja livre disto.
"A literatura nórdica é feita de um ritmo próprio, de paisagens brancas, de alguma melancolia, e de muito, muito silencio. A felicidade é um aborrecimento! A alegria por si só não é interessante, não tem conflitos. E a literatura faz-se de conflitos."
Lars Saabye Christensen in Ípsilon, 21 de Setembro de 2007
Este ano o Dia Mundial da Pessoa com doença de Alzheimer será assinalado com uma série de acções que a Associação irá realizar por todo o país não só no dia 21 de Setembro mas também durante todo o mês. Podemos desde já referir que a sede da Alzheimer Portugal resolveu organizar uma actividade lúdica, para o dia 21, convidando os utentes do Centro de Dia e os seus familiares para um chá dançante que está a ser preparado em Lisboa, no mítico Maxime, onde não faltarão músicas de época relembrando tempos antigos.De 28 a 30 de Setembro realiza-se um Fim-de-semana de “Alívio”, na Foz do Arelho (Centro de Férias do Inatel) para 4 pessoas com demência e 4 cuidadores, acompanhados por terapeutas ocupacionais e ajudantes.Durante todo o mês de Setembro a “Loja do Avô” vai apoiar-nos disponibilizando o seu espaço para divulgação de material informativo e expondo livros e produtos da Associação, para venda.Integradas nesta iniciativa estão as “Memórias à Quarta”, sessões de informação que irão decorrer todas as quartas-feiras, entre as 17.30 e as 18.30, na “Loja do Avô” de Lisboa, Almada, Porto e Funchal. As sessões são de entrada livre e cada quarta-feira há um tema diferente que será apresentado por Técnicos da Alzheimer Portugal.
A erva da fortuna cresce como por encanto nas orelhas dos políticos, o primeiro ministro proclama a amnistia para os cucos dos relógios, o degelo nas relações inter- nacionais restabelece o nível das águas nas albufeiras, o ministro da energia esfrega as mãos de contente. Embora o boletim meteorológico seja controlado pelo governoo, nuvens cor de chumbo toldam frequentemente o horizonte, os pescadores de águas turvas procuram o alto mar, uma chuva de impostos cai de imprevisto ah a chuva na primavera, escrevem os poetas.
As andorinhas podem passar livremente a fronteira. Os polícias oferecem grinaldas aos condutores de veículos mal estacionados. O cio invade a assembleia. Os depu- tados bombardeiam-se com pólen. Um nostálgico do outono argumenta: a primavera de Praga também foi de lagartas nas estradas.
"Interessa-me sempre o ausente pelo discurso da sua ausência; situação estranha, na verdade; o outro está ausente como referente, presente como interlocutor. Desta singular distorção nasce uma espécie de presente insustentável; estou preso entre dois tempos: o tempo de referencia e o tempo de alocução: partiste (por isso me lamento), estás aí (pois falo contigo). Sei o que é o presente, esse tempo difícil: um puro pedaço de angustia."
Roland Barthes, in Fragmentos de um discurso amoroso
"A maldade é uma categoria do raciocínio. Não é uma invenção sobrenatural, nem cresce a partir de substancias inscritas nos vegetais comestíveis. A maldade é uma categoria do instinto, sim, mas também do raciocínio, da inteligência. Como se fosse uma etapa do percurso que o cérebro matemático faz quando pretende resolver problemas numéricos. Dedução, indução e maldade."
La risa abundante y reiterada garantiza una vida saludable, si bien no la eternidad.
El cinismo es una de las manifestaciones más radicales de la filosofía y también de las más incomprendidas. Los cínicos consideran que la forma de vivir es parte fundamental de la filosofía e inseparable de su manera de pensar. Sin embargo, no todos los integrantes de este movimiento tienen las mismas actitudes externas ni los mismos comportamientos, por lo que a veces se habla de filosofía cínica, otras veces de actitud cínica y otras simplemente de locura.
He’s keeping busier He’s bitten stones His imaginations and his palindromes It was anything but hear the voice Anything but hear the voice It was anything but hear the voice That says that we’re all basically alone Poor Professor Pension had only good intentions When he put his Bunsen burners all away and turned Into a playground a petri dish of single cells that would swing Their fists at anything that looks like easy prey Nature show that rages every day it was bound, a part his intuition Say We were all basically alone And despite what all your studies had shown What was mistaken for closeness was just a case for mitosis Weighed deception or mercy Where others train for the show Tell me doctor can you pull my file ‘Cause he just wants to know the reason why Why do they congregate in groups of four Scatter like a billion spores And let the wind just carry them away? How can gametes be so mean Our famous doctor tried to gleam As he went home at the end of the day In this Nature show that rages every day it was bound apart of his intuition Say Despite what all your studies had shown What was mistaken for closeness was just a taste of mitosis She fatal doses, malcontent to osmosis Weighed deception or mercy Where others will pay for the show Well doctor can you pull my file The reason why.
".....somos um primata imaturo, o mais desprotegido da natureza. Só não desaparecemos porque colaboramos uns com os outros. No dia em que a sociedade de consumo nos converter em individuos robô, corremos o risco de perder a corrida.
Identificamo-nos com o insólito e as figuras que fazem as audiências da televisão. Deixamo-nos hipnotizar pelo poder dos media e transportamos essas referencias para a nossa realidade. E se há uns tempos as pessoas partilhavam a atenção em torno de grupos e das familias, hoje concentramo-nos nas tecnologias individuais - têm o seu próprio televisor, computador, telemóvel, blogue - e perdem a dimensão dos outros.
Descobrimos quem somos através de interacções regulares com os outros. O mercantilismo actual compromete a identidade pela velocidade e incerteza.
Estamos a assistir à expansão das personalidades borderline (desviantes). É frequente os jovens terem hoje experiências diversas e contraditórias e relacionamentos sexuais sem significado. A sensação de perda de identidade pode manifestar-se na vontade de estar sempre a mudar o próprio corpo e, não raras vezes, em pensamentos suicidas e condutas de auto-mutilação, ultimo recurso para serem capazes de sentir.
Aparecem pessoas com crises de identidade e concepções ilusórias sobre a vida. A evolução dos papeis sociais tem conduzido ao desencontro entre homens e mulheres. O ensino de papel e lápis não ajuda, favorece as raparigas que, mais qualificadas academicamente, não encontram parceiros à altura, no plano cultural. Tal evidência leva-me a defender a discriminação positiva dos homens a partir do secundário."
Pio Abreu, psiquiatra, in Revista Visão de 6 de Setembro de 2007
Si tú no vuelves se secarán todos los mares y esperaré sin ti tapiado al fondo de algún recuerdo Si tú no vuelves mi voluntad se hará paqueña... Me quedaré aquí junto a mi perro espiando horizontes Si tú no vuelves no quedarán más que desiertos y escucharé por si algún latido le queda a ésta tierra Que era tan serena cuando me querías habia un perfume fresco que yo respiraba era tan bonita, era así de grande no tenía fin... Y cada noche vendrá una estrellaa hacerme compañía que te cuente cómo estoy y sepas lo que hay Dime amor, amor, amor estoy aqui ¿no ves? Si no vuelves no habrá vida no sé lo que haré Si tú no vuelves no habrá esperanza ni habrá nada Caminaré sin tícon mi tristeza bebiendo lluvia
...nunca se sabe por onde se deve começar a manchar a folha em branco... eu pelo menos não sei... sei que preciso deste espaço para partilhar (se calhar só com a folha em branco...) as coisas que vão na alma. Mas mesmo que seja só com a folha em branco, já não ficam a apodrecer cá dentro. Sei que normalmente exponho aquilo que os outros escreveram, cantaram, disseram, pintaram, filmaram, viveram tão bem que subscrevo e partilho. Provavelmente será a primeira e ultima vez que escreverei algo meu. O futuro o dirá...