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terça-feira, 5 de agosto de 2025

... pão com manteiga...

 


como diz António Macedo, quando a Rádio entra, nunca mais sai...
a rádio livre/pirata foi realmente o melhor que nos aconteceu.
fim da década de 1980, foi o meu momento mais intenso, precisamente por causa da rádio.
participar ativamente neste meio, até dói quando me lembro.
não ter seguido este sonho, é o meu único arrependimento (em 63 anos, não é mau).
Fiquei triste quando o António Macedo deixou de fazer as manhãs da Antena 1 e não percebi a razão, só muito mais tarde. Pelo que soube, o acordo feito com a rádio, foi de não poder falar sobre a sua saída.
como ele diz, não é que todos os que fazem rádio, agora, na Antena 1, não sejam fantásticos mas sim a agonia de não poder participar também!
a rádio mudou muito, sim, mas continua a acordar-me, acompanha-me no carro, ajuda-me na cozinha, sempre na Antena 1! 

sábado, 1 de janeiro de 2022

2022...

...é.
com 3 patinhos se escreve o ano de 2022.
com algarismos tão redondos e doces serão reconfortantes estes novos 365 períodos de 24 horas...?
para arquivar os últimos 365 dias guardo aqui esta vacina contra a amargura:








segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

conversa com estranhos...

...permite manter a sanidade mental.
quem vive com uma gata por opção (?), como faz para exercitar a linguagem e os neurónios?
se até para refletir sobre o programa de rádio, se escreve em blog's.





quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Candeias que vão à frente alumiam duas vezes

durante os 2 anos que tive o prazer de estar dentro da Rádio, só uma vez fiz emissão entre as 2:00 e as 6:00 horas da madrugada. As rádios "piratas" permitiam estes desaforos: apesar da emissão terminar às 2:00 horas da manhã, ninguém me impediu de fazer esta gracinha. Foi um dos momentos mais extraordinários que passei nas ondas hertzianas: quem nos ouve quer conversar, que se fale dos problemas locais, de mandar beijos e abraços à família, em suma que se lhes faça companhia na noite escura. Até houve um padeiro que me levou bolinhos acabadinhos de cozer!

José Candeias  faz companhia na Antena 1, entre as 5:00 e as 7:00, com uma alegria de miúdo pequeno que desfruta do brinquedo que lhe colocam nas mãos todos os dias.

Programas de autor têm este problema: quando o dito fica impossibilitado de o realizar é um ai jesus.
Desde Outubro de 2019 que alguém tentou substituir esta alma. Foi desolador.

Eu só ouço os últimos 10 minutos do programa, antes do noticiário das 7:00 (para saber se vale a pena levantar-me ou se o mundo acabou e posso ficar a dormir mais um pocachito) e noto a alegria deste animador fantástico, que acompanha os que fazem a sua vida de madrugada e que contam exclusivamente com esta companhia. Duas horas de Serviço Público, despretensioso e feito para quem o ouve.
Bem-Haja José Candeias!!


sábado, 11 de janeiro de 2020

todas as noites eram de luar

...na Antena 1 entre Abril de 1984 e Dezembro de 1985, de segunda a quinta-feira, entre as 21h30 e as 23h30.


...era aí que nos colávamos e gravávamos em cassete o que podíamos... de sexta a segunda degustavam-se as gravações...




sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

amanhecer descobrindo

David Ferreira tem uma rubrica preciosa na Antena 1.

Vinicius e Baden Powell encontram-se...




...e dá nisto.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Teimosias - 1

...sou eu que estou mais atenta ao assunto ou as pessoas estão também mais atentas ao assunto....?

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...a ansiedade está em níveis cada vez mais baixos... este fim de semana nem me lembrei das tecnologias... 

Resultado de imagem para yes!  !

sábado, 20 de julho de 2019

A Coluna Vertebral

Encontros Imediatos

O eterno João Gobern em (des)encontros com a Margarida Pinto Correia. (des) porque acho que realmente a maior parte das vezes não funciona muito bem mas não é por isso que escrevo esta memória.

A escolha musical de João Gobern:



O programa de hoje tem DOIS ACTORES COM LETRAS ENORMES.

A Coluna Vertebral da Arte.

A escolha musical da Ana Bola:




O momento de José Pedro Gomes:





O momento de Ana Bola

Por que é que os Teatros estão vazios? Pura e simplesmente porque o público não vai lá. De quem é a culpa? Unicamente do Estado. Se cada um de nós se visse obrigado a ir ao Teatro, as coisas mudavam completamente de figura. Por que não instituir o teatro obrigatório? Por que é que se instituiu a escola obrigatória? Porque nenhum aluno ia à escola se não fosse obrigado. É verdade que era mais difícil instituir o teatro obrigatório, mas com boa vontade e sentido do dever, não é facto que tudo se consegue?
E além do mais, não será o teatro uma escola? Então…
O teatro obrigatório podia, ao nível das crianças, iniciar-se com um repertório que apenas incluísse contos como o “Pequeno Polegarzão” ou “O Lobo Mau e as Sete Brancas de Neve”…
Numa grande cidade pode haver – admitamos – cem escolas. Com mil crianças por escola todos os dias, teremos cem mil crianças. Estas cem mil crianças vão de manhã à escola e à tarde ao teatro obrigatório. Preço de entrada por pessoa-criança: cinquenta cêntimos – a expensas do Estado, é claro – dá, cem teatros cada um com mil lugares sentados: 500 euros por teatro, faz portanto 50.000 euros para cem teatros, por cidade.
Quantos actores não arranjavam trabalho! Instituindo, distrito a distrito, o teatro obrigatório, modificava-se por completo a vida económica. Porque não é bem a mesma coisa pensarmos: “Vou ou não vou hoje ao teatro?” ou pensarmos: “Tenho que ir ao teatro!”. O teatro obrigatório levava o cidadão em causa a renunciar voluntariamente a todas as outras estúpidas distracções, às cartas, às discussões políticas na taberna, aos encontros amorosos e a todos esses jogos de sociedade que nos tomam e devoram o tempo todo.
Sabendo que tem de ir ao teatro, o cidadão já não será forçado a optar por um espectáculo, nem a perguntar-se se irá ver o Fausto em vez de outra coisa qualquer – não, assim é obrigado a ir, cause-lhe o teatro horror ou não, trezentas e sessenta e cinco vezes por ano ao teatro. Ir à escola também causa horror ao menino da escola e no entanto ele lá vai porque a escola é obrigatória. Obrigatório! A imposição! Só pela imposição é que hoje se consegue obrigar o nosso público a vir ao teatro. Tentou-se, durante dezenas e dezenas de anos, convencê-lo com boas palavras e está-se a ver o resultado! Truques publicitários para atrair as massas, no género de “A sala está aquecida” ou “É permitido fumar no foyer durante o intervalo” ou ainda “Os estudantes e os militares, desde o general ao soldado raso, pagam meio bilhete”, todas estas astúcias não conseguiram encher os teatros, como estão a ver!
E tudo o que se gasta num teatro com publicidade passará a ser economizado a partir do momento em que o teatro se torne obrigatório. Será porventura necessário pagar publicidade para se mandar as crianças à escola obrigatória?
Como também deixará de haver problemas com o preço dos lugares. Já não dependerá da condição social, mas das fraquezas ou da invalidez dos espectadores.
Da primeira à quinta fila, ficarão os surdos e os míopes!
Da sexta à décima, os hipocondríacos e os neurasténicos!
Da décima à décima quinta, os doentes da pele e os doentes da alma.
E os camarotes, frisas e galerias serão reservados aos reumáticos e aos asmáticos.
Tomemos por exemplo uma cidade como Lisboa: descontando os recém-nascidos, das crianças com menos de oito anos, dos velhos e entrevados, podemos contar com cerca de dois milhões de pessoas submetidas ao teatro obrigatório, o que é um número bastante superior ao que o teatro facultativo nos oferece.
Ensinou-nos a experiência que não é aconselhável que os bombeiros sejam voluntários e por isso se constituiu um corpo de bombeiros. Por que razão o que se aplica aos bombeiros não se aplicará também ao teatro? Existe uma íntima relação entre os bombeiros e o teatro. Eu que ando pelos bastidores dos teatros há tantos anos, nunca montei nem vi uma só peça que não tivesse um bombeiro presente na sala.
O T.O.U., Teatro Obrigatório Universal, que propomos, chamará ao teatro numa cidade como Lisboa*, cerca de dois milhões de espectadores. É pois necessário que, numa cidade como Lisboa, haja: ou vinte teatros de cem mil lugares, ou quarenta salas de cinquenta mil lugares, ou cento e sessenta salas de doze mil e quinhentos lugares, ou trezentas salas de seis mil duzentos e cinquenta lugares, ou seiscentas e quarenta salas de três mil cento e vinte cinco lugares ou dois milhões de teatros de um único lugar.
É preciso que cada um trabalhe no Teatro para se dar conta da força que daí nos pode advir, quando o ambiente de uma sala à cunha, com o público de – digamos – cinquenta mil pessoas nos arrebata!
Aqui tendes o verdadeiro meio de ajudar os teatros que estão pelas ruas da amargura. Não se trata de distribuir bilhetes à borla.
Não, há que impor o teatro obrigatório! Ora quem poderá impor senão… o ESTADO.

Karl Valentin

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Explicar o (sub)mundo da Arte de Representar em Portugal curto e grosso.
Pode perfeitamente ser replicado para qualquer área profissional:

A MÃO-DE-OBRA ESTORVA!!!!

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Terminar uma amizade custa muito

 POEMA DAS ÁRVORES

 As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exaram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua .
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E entretanto dar flores.

António Gedeão (1906-1997),
in “Obra Poética”, edições JSC, 2001.

"Não se adicionam os amigos do peito", diz a Inês Maria Menezes.
Estou com um nó na garganta.
Terminar amizades ao longo da "volta a Portugal em bicicleta" que tem sido a minha vida eu já dou de barato... As mudanças de morada cortaram a entrega de correspondência, os carris da vida divergiram tanto que nunca mais chegaram a estação nenhuma, sei lá....
Terminar amizades sem sair do sítio, foi a primeira vez que me aconteceu. Pela boca seca e tremor no corpo, percebo agora que custa muito.
Não tenho mais a acrescentar a este fabuloso Amor é, pois sei agora que o luto tem que ser feito, não terei a sorte de voltar a ter amigos do peito tão próximos , geograficamente, de mim, mas a vida continua a valer a pena e, a amizade, a relação mais importante na vida.

S´il me reste un ami qui vraiment me comprenne
J´oublierai à la fois mes larmes et mes peines




domingo, 14 de julho de 2019

I had never really known you

O Amor foi isto hoje de manhã

I Don't Know What I Can Save You From
Kings of Convenience

You called me after midnight,
It must have been three years since we last spoke.
I slowly tried to bring back
The image of your face from the memories so old.
I tried so hard to follow,
But didn't catch a half of what had gone wrong,
Said "I don't know what I can save you from. "
I don't know what I can save you from.
I asked you to come over,
And within half an hour,
You were at my door.
I had never really known you,
But I realized that the one you were before,
Had changed into somebody for whom
I wouldn't mind to put the kettle on.
Still I don't know what I can save you from.
I don't know what I can save you from.